Leitura do Apocalipse de São João
O templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista no seu templo. Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade. E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse. Ela teve um filho varão, que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido».
Palavra do Senhor.
LEITURA II - 1 Cor 15, 20-27
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés. Mas quando se diz que tudo Lhe está submetido é claro que se exceptua Aquele que Lhe submeteu todas as coisas.
Palavra do Senhor.
EVANGELHO - Lc 1, 39-56
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.
Palavra da salvação.
O peso de um SIM
Se a nota de música dissesse: Uma nota não faz melodia… não haveria Sinfonia.
Se a palavra dissesse: Uma palavra não pode fazer uma página… não haveria livro.
Se a pedra dissesse: Uma pedra não pode levantar uma parede… não haveria casa.
Se a gota de água dissesse: Uma gota de água não pode formar um rio… não haveria oceano.
Se o trigo dissesse: Um grão não pode semear um campo… não haveria Colheita.
Se o homem dissesse: Um gesto de amor não pode salvar a humanidade… não haveria justiça, nem paz, nem dignidade, nem felicidade sobre a Terra dos homens.
MARIA DISSE SIM…
Ela é verdadeiramente a Senhora do Sim: Do Sim a Deus e à sua Palavra; do Sim para crer e do Sim para se comprometer… Um Sim sem reticências, sem cálculos, sem desânimos, sem recuos…
Por isso, nela e por ela Deus fez maravilhas… Por isso, mais uma vez, a proclamamos Bem-aventurada, causa da nossa Esperança e da nossa Alegria! Ave Maria!
“De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações”
Confirmando estas palavras que S. Lucas pôs na boca de MARIA, aqui estamos a proclamá-la, mais uma vez: BEM-AVENTURADA!
Bem-aventurada porque acreditou na acção de DEUS no Mundo com desígnios de Justiça e de Salvação.
Bem-aventurada porque acreditou que a acção de DEUS não dispensa a nossa participação – por mais humilde que seja – e se pôs, por inteiro ao seu serviço.
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