sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Folha Dominical, 2008.08.10

Para manter o Rumo

Deus surpreende-nos sempre com o seu estilo próprio de actuar tão diferente do nosso e daquele que teimamos em atribuir-lhe. Por isso Ele ensinou o Profeta Elias a pôr de lado a ideia e o desejo de manifestações ruidosas e espectaculares, e a procurá-lO antes na paz e no silêncio. Tal como Jesus nos ensina no Evangelho: Também Ele, depois de um dia agitado, cheio de movimento, canseiras e emoções, procura um tempo e um espaço de recolhimento e silêncio, não apenas para restaurar forças e equilíbrios, mas sobretudo para um encontro mais profundo com o Pai. Aprendemos assim com o MESTRE o valor do recolhimento, do silêncio e da Oração:

São o “Monte” onde Deus nos espera para um encontro amigo e renovador. São o “Espelhoonde nos podemos ver e conhecer com mais verdade e profundidade, analisando serenamente o que somos, o que fomos e o que devemos ser. São o “Tempo” que damos ao Senhor para que Ele nos fale, nos ilumine, nos oriente e encoraje.

São o “Tónico” que nos revigora e nos capacita para enfrentarmos, com serenidade e determinação os ventos que sopram contrários ao rumo que a Fé nos aponta. São o “Elo” que nos mantém ligados Àquele cuja presença, na nossa vida, não suprime as dificuldades e obscuridades mas nos dá sempre o ânimo necessário para avançarmos no meio delas…

Mais uma vez o Evangelho nos mostra JESUS em oração. ELE é, na verdade e fundamentalmente um Homem de Oração, de tal modo é profunda e constante a sua ligação com o PAI e o seu diálogo com ELE. Em JESUS, a oração nunca é fuga para fora da vida mas sua parte integrante. Não é fuga ao seu trabalho ou deveres, mas algo em relação constante com a sua missão, um clima de atenção permanente à Vontade do PAI.

Por isso, a Oração de JESUS, sendo diálogo de Amor com DEUS, momento de recolhimento e contemplação, traduz-se logo em presença activa e empenhada no meio do Mundo e dos Homens, sempre em diálogo com eles e ao seu serviço em todas as circunstâncias, numa disponibilidade inteira e sem condições.

Uma boa semana nos dê Deus.


Segunda-feira, 11 – S. Clara, virgem
19.00h………………Missa

Terça-feira, 12
08.00h………………Missa
17.00-19.30h……Cartório
21.30h………………Reunião de Baptismos

Quarta-feira, 13
08.00h………………Missa
16.00-18.30h……Recolha de Sangue

Quinta-feira, 14 – S. Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir
14.30h……………...Terço na Igreja
17.00-18.45h……Cartório
19.00h………………Missa Vespertina

Sexta-feira, 15 – ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA
08.30h………………Terço na Igreja
09.00h………………Missa
11.00h………………Missa

Sábado, 16
18.30h………………Terço na Igreja
19.00h………………Missa vespertina

Domingo, 17 – XX DOMINGO COMUM
08.30h………………Terço na Igreja
09.00h………………Missa
11.00h………………Missa
12.00h………………Baptismos


Ano Paulino

6. Paulo e a nova fronteira da evangelização

(continuação da Folha Dominical anterior)


As sociedades contemporâneas, apesar de muito diferentes das sociedades do Império Romano do século I, têm traços comuns: estão profundamente marcadas pelo hedonismo e pelo materialismo, reduzindo o problema de Deus ao arbítrio e à decisão humana, fiel a ritos, mas incapaz de reconhecer o Deus vivo e transcendente. Por outro lado, em ambas se notam sintomas de insatisfação, que pode transformar-se em abertura à surpresa vivificante do anúncio de Jesus Cristo. Paulo teve desilusões e sucessos e pode inspirar a Igreja actual a discernir, nos anseios dos homens e mulheres do nosso tempo, aberturas à Palavra de Deus. Ela é chamada a ler, nas buscas e inquietações humanas, os “sinais dos tempos”, indicativos da necessidade e do desejo da salvação (cf. G.S. nn. 4 e 11).


Ano Paulino, uma proposta pastoral
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

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