sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Folha Dominical - 2008.08.24

«E vós, quem dizeis que Eu sou?»

Esta pergunta tão frontal de JESUS aos discípulos “daquele tempo, dirige-se hoje, de igual modo, aos discípulos “deste tempo” que somos nós… Pergunta fundamental, cuja resposta define e caracteriza a nossa Fé. Pergunta à qual não podemos responder apenas com fórmulas aprendidas no Catecismo, ou com tudo aquilo que se tem dito e escrito sobre ELE, desde então.

A resposta deve vir de dentro e exprimir o que, realmente, no fundo do nosso coração e do nosso ser, pensamos e sentimos acerca d`ELE. Porque a pergunta, de facto, é esta:

“Quem é ELE para nós?”

Ou seja: que lugar e que importância tem JESUS na nossa vida? Que influência exerce nela? Que rumos e gestos novos lhe inspiram? Que perspectivas lhe abrem? De facto, é vivencial a resposta que ELE espera de nós.

Vendo como Ele faz viver todos quantos encontra, recusando olhá-los através de preconceitos e de categorias, dando-lhes inteiro crédito e exigindo deles o máximo, eu aprendo, por contraste, o que é uma relação mortal e quanto o meu comportamento quotidiano, ao meus preconceitos e o meu espírito de “gueto” contribuem para fechar os outros num inferno sem saída. Da sua soberana independência e lucidez crítica frente a todos os poderes e desordens estabelecidas, eu encontro a denúncia das minhas cobardias, dos meus conformismos e resignações perante o mal e a desgraça. Na sua recusa do sofrimento e da morte dos outros e na aceitação do seu próprio sofrimento e da sua própria morte com preço da luta travada pela libertação dos homens, eu tomo consciência da minha indiferença para com tudo o que me atinge directamente no meu próprio coração. O seu enraizamento na Humanidade conduz-nos para um futuro de Liberdade e da Vida. A sua Palavra, hoje como há 2 mil anos, põe a nu a nossa maldade e faz-nos nascer para uma Humanidade mais consciente da sua diversidade e da sua unidade e para uma coexistência mais construtiva e fraternal

Uma boa semana nos dê Deus.


Segunda-feira, 25
19.00h………………Missa

Terça-feira, 26
Não há Missa
Não há Cartório

Quarta-feira, 27 – S. Mónica
Não há Missa

Quinta-feira, 28 – S. Agostinho, bispo e doutor
14.30-15.30h……Adoração ao SS. Sacramento
17.00-18.45h……Cartório
19.00h………………Missa

Sexta-feira, 29 – Martírio de S. João Baptista
08.00h………………Missa

Sábado, 30
18.30h………………Terço na Igreja
19.00h………………Missa vespertina

Domingo, 31 – XXII DOMINGO COMUM
08.30h………………Terço na Igreja
09.00h………………Missa
11.00h………………Missa


AVISO
Quinta-feira, ao início da tarde, há adoração ao SS. Sacramento.



Ano Paulino

O evangelizador possuído por Cristo

(continuação da Folha Dominical anterior)

Para Paulo tudo começou na estrada de Damasco, onde Cristo ressuscitado se lhe manifesta e lhe faz o chamamento de pôr todo aquele zelo com que perseguia os cristãos, com os quais Jesus Se identifica, ao serviço do Evangelho, a boa-nova da salvação. “Quem és Tu Senhor?” “Eu Sou Jesus a Quem tu persegues” (cf. Act. 26,12-16). Paulo nunca mais duvidará que o Evangelho que anuncia o recebeu naquele momento. Ele próprio o confessa aos cristãos de Corinto: “transmiti-vos em primeiro lugar o que eu próprio havia recebido: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras e foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras e apareceu a Cefas, depois aos doze (…). Depois disso (…) apareceu-me também a mim” (1Cor. 15,3-8). Paulo considera esta a sua graça própria, a escolha misericordiosa de Deus: “pela graça de Deus sou o que sou; e a graça que me foi dada não foi estéril” (1Cor. 15,10).

Ano Paulino, uma proposta pastoral
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

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