sábado, 15 de agosto de 2009

Folha Dominical, 2009.08.16

As duas mesas

Hipócrates – o pai da Medicina – dizia há 2500 anos: “Somos o que comemos.” E acrescentava: “Que o vosso alimento seja o vosso primeiro Medicamento.” Ou seja: a nossa vida e a sua qualidade tem muito a ver com o que comemos e bebemos…

O Evangelho propõe-nos hoje uma comida e uma bebida que dão vida em plenitude e para sempre: O Corpo e o Sangue de Jesus Cristo

“ Mas como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?

Não se trata, como pensavam os Judeus de Cafarnaum, de nenhum canibalismo religioso: “Comer e Beber Jesus”; Comungá-lo, é querer sinceramente assimilar o seu Espírito, a sua Palavra e o seu Exemplo, a sua obediência ao Pai, o seu Amor e a sua Solidariedade para com todos. Assim permaneceremos n´Ele e Ele em nós…

A longa Catequese que S. João nos oferece na sequência da multiplicação dos pães converge para o anúncio de um Banquete em que JESUS é o verdadeiro Alimento. É o anúncio da Eucaristia que se realizará na última Ceia e que a MISSA, hoje, actualiza por vontade expressa do próprio JESUS: “Fazei isto em memória de Mim”. É este MEMORIAL que reúne, desde há 2000 anos, os discípulos de JESUS, num ritmo semanal jamais interrompido. Já os Actos dos Apóstolos assinalam, com toda a clareza, esta característica e assiduidade, dizendo: “Eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do Pão e às Orações.” É uma referência preciosa que nos ajuda a entrar numa compreensão mais profunda do porquê e para quê da Eucaristia ou Missa Dominical: Ela é, antes de mais, um encontro, uma Reunião de Família, a tomada de consciência de que somos uma Comunidade que se constitui na resposta ao Convite de JESUS e, por isso, a proclama, feliz: “Bendito seja Deus que nos reuniu no Amor de Cristo.” Ela é o Sacramento que celebra, alimenta e testemunha a Fé em Jesus Cristo e na sua presença no meio de nós. Celebração que se concentra em 2 pólos fundamentais: a Palavra de Deus e o Corpo de Cristo, as 2 Mesas da Igreja que no fundo são uma só, pois é o mesmo alimento que se nos dá, ainda que de modo diferente. Na verdade, sem o Pão da Palavra O Pão do Corpo do Senhor não Alimenta…

Uma boa semana nos dê Deus.


Segunda-feira, 17

08.00h………………Missa

Terça-feira, 18

17.00-19.30h……Cartório Paroquial

Quarta-feira, 19

19.00h………………Missa

Quinta-feira, 20 – S. Bernardo, abade e doutor

14.30h………………Terço na igreja

Não há Cartório Paroquial

Sexta-feira, 21 – S. Pio X, papa

08.00h………………Missa

Sábado, 22 – Virgem Santa Maria, rainha

18.20h………………Terço na Igreja

19.00h………………Missa Vespertina

Domingo, 23 – XXI DOMINGO COMUM

09.00h………………Terço na Igreja

09.30h………………Missa

11.00h………………Missa


AVISOS

1. No próximo sábado, realiza-se o Encontro de Dirigentes do nosso Agrupamento de Escuteiros. Tempo e espaço para avaliar e programar.

2. As pessoas inscritas para a Peregrinação a Fátima, devem completar o pagamento até ao próximo domingo, dia 23.



Para nossa formação

Vida de S. João Maria Vianney

Catarina Lassagne, filha de camponeses, foi a principal colaboradora do cura d´Ars e directora da «Providência», um orfanato criado por João Maria Vianney. O seu depoimento no processo de canonização foi o mais amplo e detalhado, e constitui até hoje a principal fonte de dados biográficos sobre o cura d´Ars.

No seu confessionário, onde s vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertendo-se numa espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa. O Santo Cura D'Ars nunca saiu ao átrio para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longos tempos em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite.

Ainda que distraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a ajudar. Vendo o pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. A localidade de Ars converteu-se num caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.


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