sábado, 24 de janeiro de 2009

Folha Dominical - 2009.01.25

Envolvido pela Luz

No dia 25 de Janeiro celebra-se a festa da Conversão de São Paulo. Por ocasião no Ano Paulino (28 de Junho de 2008 a 29 de Junho de 2009, dois mil anos do nascimento do Apóstolo Paulo), a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos concedeu por meio de decreto, de maneira extraordinária, que no dia 25 de Janeiro de 2009 se possa celebrar em cada igreja uma Missa segundo o formulário Conversão de São Paulo Apóstolo, como está no Missal Romano.

Mais do que conhecer a figura de Paulo, sua vida e personalidade, o Ano Paulino proposto pelo Papa chama a aprender daquele a quem São Paulo amava a ponto de suportar tudo: o Cristo. Nas suas cartas, ele luta veementemente contra quem o queira colocar acima de Cristo: “Então estaria Cristo dividido? É Paulo quem foi crucificado por vós? É em nome de Paulo que fostes baptizados?” (1 Cor 1, 13).

E quem é que Paulo aponta? Por ocasião de sua conversão, o então Saulo pergunta: “Quem és, Senhor?”, e recebe como resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Actos 9, 4s). Ora, Jesus já havia morrido, ressuscitado e subido ao céu. Saulo não perseguia a Jesus de Nazaré, mas a Igreja, os cristãos. Jesus ressuscitado identifica-Se com a Igreja.

Esse acontecimento que mudou a vida de Saulo, um encontro pessoal com o Ressuscitado, está no fundo da doutrina sobre a Igreja como Corpo de Cristo. A Igreja não é mera associação de pessoas ou uma “luta por uma causa”, mas uma Pessoa. Paulo, à semelhança de Jesus que esteve três dias morto para ressuscitar, esteve três dias sem poder ver, estar em pé, comer; depois no momento do baptismo, de sua aceitação da Igreja, seus olhos voltaram a abrir-se, pôde comer e retomou as forças, voltou à vida (cf. Actos 9, 18). Depois do seu baptismo, relativizou tudo quanto havia vivido sem ser para Cristo. E não era de uma vida devassa que Paulo falava, mas de uma vida irrepreensível.

Paulo havia acreditado que a prática escrupulosa da lei o faria justo diante de Deus. O encontro com Jesus Ressuscitado fê-lo perceber que a salvação vem de Deus. Cabe ao homem “converter-se”, isto é, crer e acolher, na fé, a oferta de Deus e viver, a seguir, suas exigências, fortalecidos no Corpo de Cristo, que nos assimila a Si em cada Eucaristia.

Uma boa semana nos dê Deus.

 

 

Segunda-feira, 26 – S. Timóteo e Tito, bispos

08.00h………………Missa

Terça-feira, 27

17.00-19.30h……Cartório Paroquial

Quarta-feira, 28 – S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor

19.00h………………Missa

Quinta-feira, 29

14.30-15.30h……Adoração ao SS Sacramento

17.00-19.30h……Cartório Paroquial

Sexta-feira, 30

08.00h………………Missa

Sábado, 31 – S. João Bosco, presbítero

15.00-16.00h……Catequese do 3º, 4º, 5º e 6º Ano

16.30-17.15h……Catequese do 1º e 2º Ano

17.30-18.45h……Catequese do 7º, 8º, 9º e 10º Ano

18.20h………………Terço na Igreja

19.00h………………Missa vespertina

Domingo, 01 de Fevereiro – IV DOMINGO COMUM

09.00h………………Terço na Igreja

09.30h………………Missa

11.00h………………Missa

 

 

AVISO

Quinta-feira, das 14.30 às 15.30, teremos tempo de Adoração ao Santíssimo Sacramento.


Ano Paulino

Para Ler e Conhecer São Paulo

I. CONHECES SÃO PAULO?

UMA LUZ NO CAMINHO DE DAMASCO

Na verdade, Paulo nunca interpreta este momento como um facto de conversão, mas mais como uma revelação, uma iluminação, que o atinge, sem mérito algum da sua parte. Esta mudança da sua vida, esta transformação de todo o seu ser, não foi fruto de um processo psicológico, de uma maturação ou evolução intelectual e moral, mas vem de fora:  não foi o fruto do seu pensamento, mas do encontro com Cristo Jesus. Neste sentido não foi simplesmente uma conversão, uma maturação do seu "eu", foi sobretudo “morte e ressurreição para ele mesmo”:  morreu uma sua existência e outra nova nasceu com Cristo Ressuscitado. De nenhum outro modo se pode explicar esta transformação de Paulo. As análises psicológicas não podem esclarecer e resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para compreendermos o que aconteceu:  morte e ressurreição, renovação por parte d'Aquele que se tinha mostrado e tinha falado com ele. Neste sentido mais profundo, podemos e devemos falar de conversão. Este encontro é uma renovação real que mudou todos os seus parâmetros. Agora pode dizer que o que antes era para ele essencial e fundamental, se tornou agora "esterco"; já não é "lucro", mas perda, porque agora só conta a vida em Cristo. Contudo não devemos pensar que Paulo assim se tenha fechado num acontecimento cego. É verdade o contrário, porque Cristo Ressuscitado é a luz da verdade, a luz do próprio Deus. Isto alargou o seu coração, tornou-o aberto a todos. Neste momento não perdeu o que havia de bom e verdadeiro na sua vida, na sua herança, mas compreendeu de modo novo a sabedoria, a verdade, a profundidade da lei e dos profetas, e delas se apropriou de modo novo. Ao mesmo tempo, a sua razão abriu-se à sabedoria dos pagãos; tendo-se aberto a Cristo com todo o coração, tornou-se capaz de um diálogo amplo com todos, tornou-se capaz de se fazer tudo em todos. Assim podia ser realmente o apóstolo dos pagãos.

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