O perigo das “Imagens”
Temos, por vezes, na cabeça “imagens” de Deus que O desfiguram profundamente e nos impedem de O reconhecer, de O escutar, de O amar e seguir. “Imagens” que dão origem a uma religião fria, calculista, prática, interesseira como a do Filho mais velho que a Parábola do Filho Pródigo nos retrata. Para ele, Deus é, acima de tudo, um Juiz, um Código, uma Lei com Prémios e Castigos. Daí uma relação – uma religião – de respeito frio e distante, uma religião verificável de “deve e haver” de “cumpro para ter direitos”…
É precisamente contra este “Deus” e contra esta “religião” que Jesus se insurgiu com veemência por meio de actos, gestos, atitudes, palavras e parábolas. Por isso é que perturbou e escandalizou, por isso é que foi acusado de blasfemo, repudiado e perseguido até à morte…
A proclamação fundamental de Jesus não é: “Sede bons!” mais: “Deus é Bom!” Deus não criou o Homem para ter súbditos às suas ordens, mas filhos a quem amar e a quem se dar sem medida nem condições. Deus não quer exercer domínio mas comunicar Vida. Não quer submissão mas Comunhão.
Por isso o Deus de Jesus não fala de regulamentos, de direitos ou deveres… Fala de Encontro, de Festa, de Vida, de Alegria, de Dons, de Partilha… O Deus que Jesus anuncia e em nome de quem Ele actua é o Deus da Misericórdia, o Deus que se propõe como exemplo e modelo do comportamento humano. Daí o seu apelo fundamental: “Sede misericordiosos como o vosso Pai do Céu é misericordioso.”
Foi uma longa e difícil caminhada, cheia de avanços e recuos, aquela que deixou para trás a imagem terrível do “Deus dos Exércitos” e nos conduziu à imagem inconcebível de um DEUS que,
É esse AMOR que está bem patente e exaltado em todas as Leituras deste Domingo: O Amor de Deus para com todo o Homem, em todas as circunstâncias e para além de tudo. Amor que aposta sempre na capacidade de todo o ser humano se regenerar e ultrapassar todas as situações de fracasso pela força do Amor. Amor que não é apenas perdão para um passado mas é, sobretudo e sempre, Aliança para um Futuro novo, como nos mostrou mais uma vez, a luminosa Parábola do Filho Pródigo
Uma boa semana nos dê Deus!
Segunda-feira, 13 – S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja
08h00…………… | Missa |
16h00-17h00… | ROGAI – Cadeia Diocesana de Oração |
Terça-feira, 14 – Exaltação da Santa Cruz
17h00-17h30… | Cartório Paroquial |
Quarta-feira, 15 – Nossa Senhora das Dores
19h00…………… | Missa |
Quinta-feira, 16 – S. Cornélio, papa, e S. Cipriano, bispo, mártires
14h30…………… | Terço na Igreja |
17h00-19h30… | Cartório Paroquial |
Sexta-feira, 17
08h00…………… | Missa | |
17h00-19h30… | Cartório Paroquial | |
Sábado, 18
18h20…………… | Terço na Igreja |
19h00…………… | Missa vespertina |
Domingo, 19 – DOMINGO XXV TEMPO COMUM
09h00…………… | Terço na Igreja |
09h30…………… | Missa |
11h00…………… | Missa |
AVISOS
1. Esta segunda-feira, das 16h00 às 17h00 há Momento de Oração.
2. Até dia 17 de Setembro ainda é possível efectuarem-se Matrículas para a Catequese, sempre no horário do Cartório Paroquial.
CAPÍTULO IV - OS LEIGOS
Conceito e vocação do leigo na Igreja
31. Por leigos entendem-se aqui todos os cristãos que não são membros da sagrada Ordem ou do estado religioso reconhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Baptismo, constituídos em Povo de Deus e tornados participantes, a seu modo, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, exercem, pela parte que lhes toca, a missão de todo o Povo cristão na Igreja se no mundo.
É própria e peculiar dos leigos a característica secular. Com efeito, os membros da sagrada Ordem, ainda que algumas vezes possam tratar de assuntos seculares, exercendo mesmo uma profissão profana, contudo, em razão da sua vocação específica, destinam-se sobretudo e expressamente ao sagrado ministério; enquanto que os religiosos, no seu estado, dão magnífico e privilegiado testemunho de que se não pode transfigurar o mundo e oferecê-lo a Deus sem o espírito das bem-aventuranças. Por vocação própria, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em toda e qualquer ocupação e actividade terrena, e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência. São chamados por Deus para que, aí, exercendo o seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Portanto, a eles compete especialmente, iluminar e ordenar de tal modo as realidades temporais, a que estão estreitamente ligados, que elas sejam sempre feitas segundo Cristo e progridam e glorifiquem o Criador e Redentor.
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