sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Folha Dominical, 2008.11.16

Que Deus nos Habita?

A Parábola dos Talentos tem um triste protagonista: o “servo inútil”, aquele que nada fez nem arriscou para valorizar ou fazer render o talento que recebera, limitando-se apenas a conservá-lo, escondido e improdutivoE porque é que procedeu assim?

Porque pensava que o seu Senhor era um homem duro, severo e exigente…Por isso teve medo de falhar e defendeu-se… Este detalhe da Parábola realça bem como é fundamental para a nossa vida, para o nosso ser e para o nosso agir, a imagem de Deus que levamos em nós…

Durante muito tempo prevaleceu a imagem do “Deus terrível e justiceiro” que exige perfeição e ameaça com castigos, afogando as alegrias de viver… E toda uma “Pastoral do medo” se desenvolveu à sua volta… Ora o medo nunca foi bom conselheiro. E o que gera, mais frequentemente, é o imobilismo e uma estreita e fria observância das Leis, como se vê no “servo inútil” da Parábola.

Hoje, na fidelidade ao Evangelho de Jesus insiste-se, com razão, na Misericórdia, na compreensão e no Amor de Deus… Mas corre-se o risco de O imaginarmos, agora, como um “avozinho bonacheirão” que nada exige e a nada compromete… E esta como a outra, é também uma imagem falsa e perigosa de Deus, inventada igualmente pelo homem.

Na Parábola dos Talentos Deus é o Pai que conhece a fundo cada um dos seus Filhos, e sabe exigir o que cada um pode dar para realizar bem o seu Destino… E para todos quer ser Estímulo, Horizonte e Esperança.

A vida é, de facto, um Dom provisório… E dela não somos donos: somos apenas administradores… E um administrador deve estar sempre preparado para dar contas da sua administração. A parábola dos talentos que o Evangelho, hoje, nos propõe alertar-nos para essa preparação a assumir dia a dia… É uma chamada ao trabalho e à iniciativa, à valorização pessoal e ao serviço, à coragem de arriscar e de se comprometer. É uma condenação da passividade e do comodismo, do medo paralisante ou do conservadorismo estéril… De facto, o valor e o destino da nossa vida não dependem dos mitos ou poucos talentos recebidos mas sim do uso que deles procuramos fazer… E há para todos, ainda que diferente, uma missão a cumprir. Uma boa semana nos dê Deus.

 

 

Segunda-feira, 17 – S. Isabel da Hungria, religiosa

19.00h………………Missa

Terça-feira, 18

17.00-19.30h……Cartório Paroquial

21.30h………………Reunião de Leitores

Quarta-feira, 19

19.00h………………Missa

Quinta-feira, 20

14.30h………………Terço na Igreja

17.00-19.30h……Cartório Paroquial

Sexta-feira, 21 – Apresentação da Virgem Santa Maria

08.00h………………Missa

21.30h………………2ª Conferência Paulina [na Senhora da Hora]

Sábado, 22 – S. Cecília, virgem e mártir

15.00h………………Catequese do 3º, 4º, 5º e 6º Ano

16.30h………………Catequese do 1º e 2º Ano

17.30h………………Catequese do 7º, 8º, 9º e 10º Ano

18.20h………………Terço na Igreja

19.00h………………Missa vespertina

21.30h………………Teatro

Domingo, 23 – SOLENIDADE DE JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

09.00h………………Terço na Igreja

09.30h………………Missa

11.00h………………Missa

 

AVISOS

1. Esta terça-feira, às 21.30 horas, há Reunião de Leitores.

2. Seguimos com o ciclo de Conferências sobre São Paulo. Sexta-feira, às 21.30 horas, encontramo-nos na Paróquia da Senhora da Hora. Não faltes!

3. Estamos a organizar um novo grupo de preparação para o Sacramento da Confirmação/ Crisma. Devem procurar, na sacristia, a ficha de inscrição e entregar até ao dia 23 de Novembro.


Ano Paulino

O evangelizador possuído por Cristo

(continuação da Folha Dominical anterior)

Prioridade da experiência comunitária da fé

6. Para Paulo o Evangelho é uma força de comunhão. Jesus Cristo, ao atrair cada um a si, pela fé, deseja a Igreja onde se vive a caridade, a comunhão com Deus, por Jesus Cristo e com os irmãos. Paulo concebe a sua missão como um edificar contínuo da Igreja que Jesus Cristo, deseja e ama. O seu principal instrumento catequético são as suas cartas, todas elas directa ou indirectamente, dirigidas às Igrejas. Estas são o seu interlocutor. Catequizando as Igrejas, faz uma catequese sobre a Igreja.

Paulo acentua, antes de mais, a identificação da Igreja com o próprio Cristo. A união a Cristo, realizada no baptismo, é tão profunda, que a Igreja é a nova dimensão do Corpo de Cristo, a nova fase do mistério da encarnação (cf. 1Co 12,27; Rom 12,5). Deste novo corpo, Cristo é a cabeça, porque a Igreja vive e alimenta-se da plenitude de Cristo ressuscitado (cf. Ef 1,22-23; Col 1,18; 3,19). Paulo encarna, na sua solicitude pelas comunidades, o amor e a ternura de Jesus Cristo pela Igreja (cf. 2 Co 11,2-3, 29; 1 Tes 2,7-12).


Ano Paulino, uma proposta pastoral

Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

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